Após declarações de Dunga, o elegante Tite evita polêmica e elogia técnicos rivais



Sempre muito respeitoso com seus colegas de profissão, o técnico Tite fugiu de entrar em polêmica para comentar as declarações de Dunga de que Jorginho, do Vasco, seria o melhor treinador do Brasil. O treinador do Corinthians disse nem saber que o comandante da Seleção tinha feito esse comentários, mas disse respeitar a opinião.

"Primeiro que eu não sabia dessa manifestação, e você está me colocando agora. 

Mas eu respeito as opiniões, eu respeito as considerações, os pareceres de cada um. Democraticamente a gente externa as nossas opiniões, talvez seja pela analogia que o Jorginho pegou uma equipe em um momento difícil. 

Se outros quiserem pegar o critério pelo trabalho desenvolvido, daqui a pouco podem ser outros profissionais, depende do estilo e daquilo que entenda ser o melhor, depende de uma série de fatores, e aí a gente respeita as opiniões de cada um", disse o técnico do Corinthians em entrevista à Rádio Bradesco Esportes.

Tite também respondeu sobre a pressão que fazem sobre os técnicos que não são campeões, comparando o Campeonato Brasileiro com a Premiere League. 

Destacando que os dirigentes devem dar mais tempo de trabalho aos treinadores, para que haja "inicio, meio e fim". Ele também mencionou que o vice-campeão, Dorival Júnior, não deve ser penalizado pela derrota na Copa do Brasil.

"Claro que o Dorival não tem que ser penalizado. 

Vemos que na Premier League a média de um técnico permanecer são 16 meses, isso dá um tempo de trabalho mais do que considerável para ter início, meio e fim, e consequentemente uma avaliação. Em relação à mim, daqui a pouco vai dizer que se não batesse o título do campeão brasileiro ia ter uma condição de não ter o tempo suficiente de avaliação. 

As coisas não são assim, elas deviam ser um pouquinho mais embasadas, mais qualificadas, com um pouquinho mais de conhecimento por quem dirige e quem tem que ter também a competência emocional de suportar as condições que o futebol tem, as pressões que são da mídia, de dirigentes, e de torcedor. 

Quem está no comando, deve ter um pouquinho mais de cautela na avaliação, análise, e no redirecionamento de algum trabalho que possa não estar surtindo efeito. Através do planejamento você pode redirecionar e ter sua parcela de contribuição para que as coisas possam dar certo", disse o treinador. 

 O técnico do Timão ainda falou do Marcelo Oliveira, técnico do Palmeiras, e destacou a partida final da Copa do Brasil.

"Também mérito do Marcelo, mas eu prefiro pegar o enunciado de uma pergunta anterior que você fez, e a Copa do Brasil tem essa característica: são 180 minutos que o não errar, o detalhe acaba sendo determinante na conquista, numa vitória, num título. 

Eu digo assim, os 180 minutos foram muito equilibrados nos dois jogos, eu não assisti na totalidade o jogo anterior, assisti o primeiro tempo. Se a gente pegar todas as oportunidades de gol, o desempenho das duas equipes, a qualidade técnica individual, foram muito próximos, apesar da equipe do Santos, pelo tempo que ela tem, ela está um degrau acima em sua formação", completou. 

 O ídolo corinthiano ainda se recupera de uma cirurgia para retirar varizes, feita na última segunda-feira. O próximo jogo do Timão será no próximo domingo, diante do Avaí, pela última rodada do Brasileirão. 

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